Tudo o que sabemos sobre a nova série animada de Devil May Cry
Em entrevista ao IGN Japan, Adi Shankar garantiu que os roteiros dos oito episódios já estão prontos e deixam brechas para novas temporadas. Shankar revelou que a primeira temporada terá personagens importantes, isto é, Dante, Vergil e Lady.
Shankar explicou que a 1ª temporada incluirá “oito episódios”, mas que a história não terminará aí: assim como Castlevania, ele está planejando um “arco de várias temporadas”, o que significa que se desenrolará em temporadas conectadas.
” Todos os roteiros da primeira temporada estão prontos. Eu trabalhei com um escritor muito talentoso chamado Alex Larson. Os roteiros são fantásticos e eu queria fazê-los de uma maneira que deixasse os fãs de Devil May Cry orgulhosos. Isso foi desenvolvido por um fã de DMC, para fãs DMC, essa foi a ideia deste projeto.
Não vou fazer outra série apenas para fazer outra série qualquer. Eu só estou fazendo isso porque me importo, e quero entregar algo de um padrão muito alto que supere o que eu fiz antes. “
Shankar comentou que trabalhar com a Capcom neste projeto tem sido “um sonho”. “Toda a equipe, tanto do lado administrativo quanto do criativo, tem sido incrivelmente favorável e cortês”, disse ele. Ele tem trabalhado diretamente com Hiroyuki Kobayashi, veterano produtor da Capcom. “Kobayashi-san tem sido maravilhoso”, disse Shankar.
Vale resaltar que o Adi Shankar não era roterista de Castlevania, mas sim Warren Elis, que já foi afastado e dispensado da powerhouse e da Netflix por acusação de assédio. Ele que faz revisão das cenas de luta e fotografia. Além disso já foi confirmado que o a Capcom e o Itsuno estão na supervisão.
Hideki Itsuno confirma que está supervisionando a nova séria animada via Twitter
No dia que Shankar adquiriu os direitos de adaptação para TV de Castlevania e Devil May Cry ele comentou que ambas farão parte de um mesmo universo. De forma bem-humorada, ele comentou sobre o assunto em entrevista ao site IGN. “Eu consegui os direitos [de Devil May Cry] para que os perdedores de Hollywood não f**** essa série também”.
Para mostrar seu apreço pela franquia de games da Capcom, o showrunner chegou a compartilhar no Twitter uma imagem fazendo cosplay de Dante, protagonista de Devil May Cry, logo após o anúncio da produção da série animada.
O apoio da Netflix para a criação de mais um anime baseado em games se deu pela recepção positiva de Castlevania, que teve sua segunda temporada lançada em 26 de outubro exclusivamente no serviço de streaming. Logo após a estreia da segunda parte, a empresa já encomendou novos episódios do anime.
“Castlevania realmente superou as expectativas. Foi uma loucura. Nós imediatamente recebemos sinal para a terceira temporada”, revelou Shankar ao IGN, agradecendo os espectadores do programa. “Eu não teria um emprego se não fosse pelos fãs.”
Em suas duas primeiras temporadas, Castlevania acompanha a cruzada do vampiro Drácula para destruir a humanidade utilizando suas forças malignas. O caçador de monstros Trevor Belmont, o vampiro mestiço Alucard e a feiticeira Sypha buscam salvar o mundo da destruição. A obra é baseada em Castlevania III: Dracula’s Curse, jogo publicado pela Konami em 1989.
Vale lembrar que Devil May Cry já foi adaptado para a televisão anteriormente. Em 2007, a franquia de games foi transformada em anime pelo estúdio Madhouse, no Japão. A produção conta com 12 episódios, todos disponíveis no catálogo brasileiro da Netflix.
A Netflix e Adi Shankar não revelaram uma possível data de lançamento nem informações sobre o enredo da nova série animada de Devil May Cry. A franquia de games iniciada em 2001 tem como principal protagonista Dante, um exterminador de demônios. A pegada sobrenatural das obras pode ser o ponto de união entre a nova produção e Castlevania futuramente.
Ao revelar a relação entre os animes, Adi Shankar disse que ambos farão parte de um “multiverso”; ou seja, talvez as duas histórias não se passem no mesmo planeta. Ainda assim, possivelmente veremos uma união entre as duas produções.
Como ressalta o IGN, as produções da Netflix podem adotar uma abordagem similar ao que ocorre nas séries da DC feitas pelo canal CW, em que o mundo de The Flash e Supergirl acontecem em versões diferentes da Terra, mas alguns eventos acabam entrelaçando os dois universos e gerando os episódios crossover do Arrowverso. Outro exemplo clássico é o Aranhaverso, em que diferentes versões do Homem-Aranha acabam se unindo às vezes para destruir uma ameaça maior. O conceito já foi explorado nos quadrinhos, desenhos animados e, em dezembro, também ganhará um filme.
Será que veremos Dante, Belmont e Alucard caçando criaturas malignas juntos na Netflix? O que você espera desse universo compartilhado de animes? Deixe sua opinião nos comentários!
Fontes: IGN e comicbook